Conmebol teme que violência em final afete venda de direitos para TV
rodrigomattos
13/12/2017 14h53
A Conmebol teme que incidentes de violência de torcida de Flamengo e Independiente afetem a imagem da Sul-Americana e Libertadores. Assim, há a preocupação de que isso possa afetar a venda de direitos de televisão das competições que será feita no próximo ano. Por isso, há uma decisão de ser duro em punições.
Na madrugada da segunda final, a torcida do Flamengo jogou fogos na porta do hotel da delegação do Independiente e ameaçou uma invasão ao local. Já torcedores do Independiente protagonizaram ato racista no estádio na segunda decisão, também usaram fogos no hotel rubro-negro e protagonizam confusão por ingressos no Rio de Janeiro.
A preocupação da Conmebol é que a Sul-Americana e a Libertadores fiquem associadas a esse tipo de evento, o que afeta seu valor de mercado. A IMG aceitou pagar um mínimo de US$ 350 milhões por ano pelos direitos das duas competições, mas o objetivo é fazer uma concorrência com TVs para arrecadar mais. Se o valor obtido for maior, a confederação ganha mais.
Além disso, a ideia da Conmebol é cada vez mais aproximar as competições de práticas da Liga dos Campeões, inclusive com a final única. Obviamente, isso não se encaixa com a violência.
Por isso, há a decisão política da diretoria da Conmebol de ser duro em punições aos clubes, baseado no regulamento que responsabiliza os times por atos de sua sua torcida até fora do estádio. Assim, haverá no total três procedimentos disciplinares contra os dois clubes.
Questionado se temia punição, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, afirmou: "Tomamos todas as providências ao nosso alcance."
No meio do ano, a torcida do Peñarol protagonizou um episódio muito mais grave no estádio em jogo com o Palmeiras. Seus torcedores derrubaram alambrados, foram para cima de palmeirenses que ficaram acuados. Em campo, jogadores do time uruguaio fizeram o mesmo. Punição: um jogo dentro de casa sem torcida.
Sobre o Autor
Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.
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O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.