Conmebol tenta montar quebra-cabeça da Copa América no Brasil
rodrigomattos
31/03/2018 04h00
A Conmebol tem se esforçado para montar o quebra-cabeça da Copa América do Brasil-2019, decidindo número de participantes e sedes. Entre as dúvidas, haverá 12 ou 16 seleções participantes e se a competição ficará de fato restrita ao Sul e Sudeste do país. A decisão deve sair no início de abril no próximo Congresso da confederação.
É certa a intenção da Conmebol de expandir o torneio além dos 10 times da América da Sul. Por isso, existe a negociação com países da América do Norte e da Ásia. No caso do continente americano, os alvos são México e EUA, podendo ser acrescentadas outras nações. Na Ásia, o alvo é o Japão.
Por que a ideia da Conmebol de aumentar o torneio? O projeto é uma expansão comercial do torneio que sofre com limitações financeiras para esta edição. Explica-se: a maior parte dos direitos de países da América do Sul está preso em contratos antigos como é o caso do Brasil. Sem expansão, terá de ser feita uma competição modesta com poucos recursos.
Há complicações: a Concacaf (Confederação da América do Norte) tem datas da Copa Ouro, sua competição, que podem coincidir com a Copa América. E o mesmo pode ocorrer com o Japão, mas há uma esperança que os asiáticos se comprometam a trazer seu time A.
As decisões sobre número de equipes terão direto impacto no tamanho da competição no Brasil e no número de sedes. A princípio, com uma competição modesta, seriam usadas apenas sedes no Sudeste e no Sul, incluindo dois estádios em São Paulo e um no Rio.
Se houver mais dinheiro, com a inclusão de novos mercados, será possível incluir talvez uma capital do Nordeste ou outro centro fora deste eixo. A influência política também pode pesar no cenário.
Certo é que a Conmebol não tem tanto tempo por isso tem que definir tudo em abril. A partir daí, teria pouco mais de um ano para vender a competição, cujos direitos serão negociados pela MP & Silva.
Sobre o Autor
Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.
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O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.