Intenção da Conmebol é remarcar final da Libertadores para Monumental
rodrigomattos
26/11/2018 15h45
A intenção da Conmebol é remarcar a final da Libertadores entre Boca Juniors e River Plate para o Estádio Monumental, provavelmente na outra semana. Essa posição deve ser a expressada na reunião da entidade com os clubes nesta terça-feira, restando saber se o Boca Juniors a aceitará. Enquanto isso, o processo disciplinar aberto pelo clube azul e amarelo pedindo os pontos e o título correria em paralelo e poderia mudar o resultado do jogo depois deste realizado.
No sábado, o ônibus do time de Carlos Tévez recebeu pedradas perto da chegada ao Monumental para a segunda final e jogadores como Pablo Perez foram atingidos. A Conmebol tentou forçar a realização da partida, enquanto o time do bairro da Boca se negava a jogar. O jogo acabou adiado para domingo e depois suspenso.
A posição do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, é de que a segunda final tem que acontecer, segundo duas fontes da entidade. E, para preservar a igualdade de condições pedidas pelo Boca, a ideia é manter o Monumental de Nuñez com público, já que o Boca jogou diante da sua partida a final.
Na visão da confederação sul-americana, faltaria apenas definir a data que teria de ser na próxima semana para não coincidir com o G20, encontro de líderes mundiais que ocorre em Buenos Aires nesta semana. Não se pensou em outro local para o jogo.
Mas há uma barreira para esse plano: não se sabe se o Boca Juniors aceitará jogar no estádio do rival. O clube entrou com pedido de punição ao River na unidade disciplinar que poderia lhe dar o título. Segundo informação da Conmebol, o procedimento deve seguir o curso normal e não deve ter uma decisão antes da remarcação do jogo. Nesta segunda, Pablo Perez disse que não poderia jogar em um local onde, se der uma volta olímpica, podem mata-lo.
Um fonte ligada ao processo jurídico diz que não haveria problema na questão disciplinar correr em paralelo a um novo jogo. Eventualmente, se o Boca ganhasse sua ação e os pontos sobre o River, poderia ser anulado o resultado de campo. A intenção do time da Boca é usar o precedente da partida na Bombonera em que seus jogadores foram agredidos para ficar com o título.
Sobre o Autor
Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.
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