Conmebol busca sede da Copa América-2020 e não descarta volta ao Brasil
rodrigomattos
25/01/2019 04h00
Com a ida para os EUA praticamente descartada, a diretoria da Conmebol busca uma nova sede para a Copa América-2020. Haverá um estudo sobre as diversas possibilidades, mas a intenção é ter uma opção segura. Entre as alternativas, estão a adoção de múltiplas sedes, uma procura por um novo país e até não se descarta um retorno ao Brasil.
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A previsão era de realizar a Copa América nos EUA como parceria entre a Conmebol e a Concacaf. Isso foi negociado durante dois anos porque a competição voltaria para o mercado mais rentável do mundo. Mas o acordo recuou e seu tornou mais difícil nos últimos meses.
Internamente, na Conmebol, a explicação é por conta da forma de fazer contratos da Concacaf e a necessidade de evitar novos irregularidades na entidade. Isso porque a confederação sul-americana, desde 2016, tem realizado todos os acordos por meio de licitações, ou seja, concorrências abertas. A Concacaf continua a fazer contratos diretos com televisões e patrocinadores.
Na edição de 2020, todos os contratos estarão em aberto, de televisão e patrocínio. Sem um acordo comercial, inclusive sobre a divisão de receitas, a Conmebol já estuda realizar a edição de 2020 na América do Sul. Para isso, teria de buscar uma nova sede.
Nesta procura, será realizado um estudo para avaliar a viabilidade de todos os locais. Entre as alternativas, está até realizar a Copa América em múltiplas sedes, isto é, com jogos em mais de um país com formato mais parecido com as eliminatórias.
Outra ideia é buscar um país e, neste caso, não está descartada a repetição do Brasil como sede. O empecilho para essa ideia seria os outros países aceitarem que o Brasil seria sede duas vezes seguidas. A vantagem é já ter estádios prontos e a boa vontade brasileira.
"Não vemos problemas fazendo uma gestão compartilhada como essa. Procuramos ter eventos em nossos estádios", afirmou o futuro presidente da CBF, Rogério Caboclo.
Sobre o Autor
Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.
Sobre o Blog
O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.