Copa América tem o triplo de intervenções do VAR em relação à Copa do Mundo
rodrigomattos
25/06/2019 13h29
Com Léo Burlá
A primeira Copa América com árbitro de vídeo tem quase o triplo de intervenções em relação à Copa do Mundo da Rússia. É o que fica claro após o levantamento da Conmebol sobre o VAR na primeira fase da competição sul-americana. Foram 17 intervenções do árbitro de vídeo em 18 jogos, enquanto no Mundial foram 17 em 48 partidas.
Chefe de arbitragem da Conmebol, Wilson Seneme, avaliou positivamente o VAR ao dizer que aumentou "a transparência e a justiça" no campo do jogo. E defendeu que não houve nenhum erro escandaloso.
Segundo ele, foram 17 intervenções. Nessas, houve 15 mudanças de decisão do juiz, com duas marcações do árbitro de campo mantidas. Foram sete situações de gol, sete pênaltis e três cartões vermelhos.
Com as 17 revisões, houve uma média de 0,95 por partida. No caso da primeira fase da Copa-2018, a média foi de 0,35 por jogo, isto é, praticamente um terço do que se verificou na Copa América.
Mas Seneme defendeu inclusive que faltou intervenção e avaliou como correta a decisão mais polêmica do VAR que foi o pênalti em Cavani, diante do Japão.
"Foi um dos principais acertos, foi um erro dos comentaristas. Além de ser um pênalti, foi uma ação temerária. Jornalistas mal atualizados podem interpretar equivocadamente. A decisão do Japão deveria ter sido revisada. Foi uma das que teve potencial de revisão", afirmou Seneme, sobre o lance em que Cavani chutou a sola do zagueiro japonês.
Com esse excesso de intervenções, um problema é o andamento do jogo. Mas, segundo Seneme, as intervenções não têm sido demoradas com um total de 2m26 nos casos em que o árbitro de campo tem que analisar o vídeo. Ele contabilizou apenas o período efetivo da checagem, e não a demora para reinício do jogo.
Em termos de efeito no jogo, Seneme vê outro aspecto positivo com a redução de faltas. Foram 578 faltas na primeira fase da última Copa América, e agora foram 539. Caiu o número de amarelos de 86 para 74. Não houve alteração significativa nos vermelhos.
Sobre o Autor
Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.
Sobre o Blog
O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.