A CBF confirmou que foram enviados três casos com suspeitas de que o Cruzeiro burlou normas da Fifa para o tribunal da entidade. A CNRD (Câmara Nacional de Resolução e Disputas) é o órgão responsável por analisar e julgar as ações que podem resultar em punições ao clube.

Esses são os três casos 1) contrato de empréstimo entre Cruzeiro e empresário que dá como garantia direitos sobre jogadores, inclusive um menor 2) Pagamento de comissões a agentes não credenciados pela CBF entre eles um com sede em uma serraria 3) venda de direitos de Arrascaeta para uma empresa quando isto era vetado pela Fifa.

"O que podemos fazer é ver onde há problemas e mandar para o tribunal. Não posso fazer mais nada, o clube tem direito de defesa, e o tribunal vai decidir se cometeu irregularidade", explicou o diretor do departamento de Registros e Transferências da CBF, Reynaldo Buzzoni.

No caso de Arrascaeta, o diretor da CBF explicou que percebeu o problema no balanço do clube, o que se confirmou depois com a ação dos Supermercados BH cobrando o valor de percentual da venda ao Flamengo. O Cruzeiro se defendeu dizendo que tinha feito um contrato válido só por um ano com cessão dos direitos ao Supermercados BH, o que era permitido pela Fifa. Mas a CBF constatou que o documento tinha previsão indefinida.

Na CNRD, o Cruzeiro poderá ser punido se for constatada à quebra da norma de status e transferência de jogadores. Entre as penas possíveis, estão multa, proibição de registros de jogadores, perda de pontos e rebaixamento.

O Cruzeiro ainda enfrenta outras duas ações de cobranças na CNRD, uma do Atlético-MG pela multa pela transferência de Fred e outra do ex-jogador Mena que cobra uma compra dos seus direitos não paga pelo clube.