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Como um ranking deu mais dinheiro ao Barça do que ao Liverpool na Champions

rodrigomattos

25/12/2019 04h00

Eliminado na semifinal após uma virada apoteótica do Liverpool, o Barcelona superou o time inglês em outro aspecto: dinheiro arrecadado na Champions League. Isso ocorreu porque a UEFA implantou um novo ranking de desempenho nos últimos dez anos que influencia na distribuição do dinheiro. A divisão de dinheiro do maior torneio europeu é acordada com os clubes.

Do total distribuído, o Barcelona ficou com 117 milhões de euros (R$ 532 milhões), seguido pelo Liverpool com um total de 111 milhões de euros (R$ 502 milhões). Como terceiro melhor remunerado, está o Tottenham (vice-campeão) que ficou com 101,6 milhões (R$ 459 milhões)

E como funciona a nova divisão dos recursos da Champions? Um quarto do dinheiro é distribuído de forma igualitária entre os times que disputarem a fase de grupos. Outros 30% são dados por desempenho, isto é, premiações por passar de cada fase e, no caso do Liverpool e Tottenham, pelo campeonato e o vice.

Do restante, 30% é dado pelo coeficiente de desempenho dos últimos dez anos. Trata-se de um ranking, como faz a Conmebol na Libertadores, que dá pontos para os times de acordo com suas colocações na Champions League. Essa tabela foi criada neste ano. E o Barcelona é o segundo colocado, atrás apenas do rival Real Madrid. O Liverpool aparece apenas na oitava posição, apesar do título e do vice-campeonato.

Outros 15% do dinheiro são dados de acordo com o tamanho do mercado de cada clube. Como funciona? Depende de quais países têm televisões com contratos que remuneram mais a UEFA pelos direitos. Neste caso, os ingleses sempre levam vantagem já que proporcionam o maior volume de recursos para a competição.

Anteriormente, esse critério de mercado representa 40% da distribuição de dinheiro. Ou seja, os clubes ingleses sempre ganhavam mais dinheiro do times de outros países. A partir deste ano, foi tirado o peso desse item.

Comparando com a Libertadores, a divisão é bem mais complexa e leva em conta outros aspectos além de apenas desempenho esportivo. Na competição sul-americana, há cotas para cada avanço de fase, com um pagamento de dólar para cada etapa. Ao mesmo tempo, há uma premiação para o campeão e para o vice, em patamares maiores.

A Conmebol tem aumentado os valores pagos aos clubes, mas resiste a mudar os critérios de distribuição. Em comparação com o valor ganho pelo Barcelona, o Flamengo levou US$ 19 milhões (R$ 77,5 milhões) como campeão da edição 2019 da Libertadores.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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