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Rodrigo Mattos

Após ir à CBF, Liga Sul-Minas terá desafio de buscar dinheiro no mercado

rodrigomattos

02/10/2015 06h00

A Liga Sul-Minas foi à CBF para conseguir um aval político para seu torneio: espera uma resposta nos próximos dias. Outro desafio é a construção de um modelo econômico para a competição, isto é, atrair patrocinadores e televisão em um mercado encolhido pela recessão econômica. Segundo o executivo do grupo, Alexandre Kalil, é hora de botar o produto na rua.

"Achamos que vai ter bastante apelo para a televisão. Sabemos que é um ano difícil para patrocínio pelo cenário econômico", reconheceu o presidente do Fluminense, Peter Siemsen. "Vamos trabalhar porque o 1o semestre é terrível para os clubes", completou Kalil.

O excesso de competições no calendário brasileiro atrapalha não só a disponibilidade de datas como a disputa por dinheiro. A Globo está renovando com a Federação Paulista de Futebol o contrato de televisão em que as cotas dos times grandes devem ultrapassar R$ 10 milhões.

Nos Estaduais do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, as equipes maiores ganham entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões, valores bem inferiores aos dos paulistas. Havia um plano inicial de que a Sul-Minas poderia gerar R$ 80 milhões para o conjunto dos clubes. Resta saber se será possível concretizá-lo.

Para tornar o torneio mais atrativo, a maioria dos times fala em usar os titulares na Liga. "Está todo mundo empolgado", disse Peter. "Nós vamos usar o time alternativo no Estadual, e o principal na liga", completou o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.

Quando viabilizarem economicamente a competição, aí os clubes poderão discutir a divisão do dinheiro. "A ideia é que seja uma cota igual para todos", afirmou o presidente do Cruzeiro, Gilvan Pinho Tavares. Bandeira, no entanto, disse que as cotas da competição ainda não foram discutidas, o que ocorrerá depois.

De qualquer maneira, os dirigentes sabem que o primeiro ano da Sul-Minas será uma espécie de experimento, com o modelo mais curto de seis datas, e 12 times. A ideia é fazer uma competição maior em 2017.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.