Del Nero recebeu propina por Libertadores, Copa do Brasil e Copa América
O documento do Departamento de Justiça dos EUA tornou público o indiciamento de mais 16 dirigentes ligados à Fifa, incluindo o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente Ricardo Teixeira. O atual dirigente da confederação recebeu propinas de empresas de marketing por facilitar contratos de marketing e televisão da Libertadores, Copa do Brasil e da Copa América, segundo o documento.
Há uma descrição sobre os pagamentos de subornos feitos pela T & T relacionados a contratos da Libertadores. No texto, está dito: "Em vários tempos, os acusados Marco Polo Del Nero, José Maria Marin, José Luis Meiszner (ex-secretário da Conmebol) e Ricardo Teixeira também solicitaram e receberam propinas e subornos de Alejandro Buraco (dirigente da T & T) e do conspirador 12 em troca de seu apoio a T & T como detentora dos direitos da Libertadores, entre outros torneios."
Não é especificado quanto dinheiro foi ganho por eles. Mas, em relação ao caso da Copa do Brasil, é descrito que levavam R$ 2 milhões anuais para serem divididos entre Teixeira, Del Nero e Marin. Quem pagou foi a Traffic e a Klefer (que não é nomeada no relatório) a partir de 2011 com a renovação do contrato a partir de 2015.
Assim como Marin, Del Nero e Teixeira também aparecem como beneficiários dos esquemas de subornos relacionados à Copa América. A Datisa – empresa que tinha a Traffic, a T & T e a Full Play como sócias – pagou a 14 dirigentes uma quantia que era de US$ 20 milhões por edição a partir de 2015. Na lista dos oficiais que receberam as propinas, estão Del Nero e Teixeira, em meio a quase todos os outros membros da cúpula da Conmebol.
A CBF ainda não se pronunciou sobre o caso quando procurada pelo blog. Del Nero tem o seu pedido de prisão feito pela polícia americana, mas não há acordo de extradição para o Brasil.
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