Após tragédia, Libertadores muda regra para aeroporto, mas efeito é incerto
Após a queda do voo da Chapecoense, a Conmebol fez uma modificação no regulamento da Libertadores para tornar mais rígida a regra para aeroportos que recebam voos de equipes visitantes na competição. Mas o texto é tão cheio de ressalvas que só terá efeito prático se houver fiscalização de fato da confederação sul-americana.
O avião com jogadores da Chapecoense caiu em novembro na semana da final da Sul-Americana, o que causou 71 mortes incluindo a maior parte do elenco. Desde então, clubes brasileiros reclamaram do difícil acesso a alguns lugares da América do Sul com deficiência na estrutura de aeroporto. Ressalte-se que esse não era o caso de Medellín, onde caiu o avião.
Dirigentes da Conmebol, no entanto, rechaçaram excluir cidades com condições precárias de transporte porque consideram que seria um preconceito impedir que alguns clubes jogassem em casa. Assim, no regulamento divulgado, houve apenas um ajuste na regra para aeroporto próximo a sede do jogo.
Antes, os clubes já tinham que escolher como sede um local que estivesse a 150km de um aeroporto internacional ou comercial. Só que a regra abria uma brecha: se isso não ocorresse, os times poderiam fazer gestões junto a autoridades para garantir autorização para que o aeroporto local recebesse voos charters ou internacionais. Na prática, sem fiscalização, tornava flexível para qualquer tipo de aeroporto.
Para 2017, a Conmebol manteve essas duas condições, mas acrescentou uma ressalva. Não pode ser usado aeroporto que "por sua estrutura técnica e humana não se encontre habilitado pelos organismos estatais competentes do lugar no caso em que a obrigação, inevitável e exclusiva, do respectivo clube é determinar outro aeroporto adequado para se ajustar ao estabelecido no presente numeral."
Ou seja, teoricamente, não dá para fazer um puxadinho e só podem ser usados aeroportos em boas condições com aprovação do governo. Mas não há uma obrigações expressa de só se utilizar aeroportos internacionais ou comerciais, nem regras explícitas das condições deles. Além disso, não fica claro se a Conmebol rejeitará o local do jogo por causa disso. O resultado da nova regra, portanto, dependerá da fiscalização da confederação.
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