Final única na Libertadores tem obstáculo: remuneração extra para clubes
Em dezembro deste ano, a Conmebol irá ouvir os clubes sobre o único ponto em aberto das regras da Libertadores-2018: a final única. Para ser implantada, a ideia depende de uma compensação financeira para esses times. Só que a confederação não tem o dinheiro no próximo ano para dar cotas extras aos times e pode adiar o projeto. A lógica financeira também torna improvável a perda de vagas do Brasil no campeonato para 2019.
A final única na Libertadores é uma ideia defendida pelo próprio presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, desde o meio do ano. Foram reservadas duas datas no calendário para decisão para deixar em aberto sua implantação para 2018.
Pelo processo, o grupo dos 16 clubes classificados nos mata-matas da Libertadores neste ano participam de uma subcomissão para dar sugestões sobre o campeonato. Eles vão deliberar sobre a final única em reunião na sede da Conmebol durante o período do sorteio. Sua opinião terá peso na decisão final do Comitê Executivo da confederação que será tomada posteriormente.
Mas a diretoria da Conmebol sabe que precisa dar uma remuneração extra para os clubes que participarem da decisão. Afinal, os times perderão receita considerável com as bilheterias que ganhariam em seus estádios com ingressos para finais. O problema é que não há dinheiro extra disponível para a temporada de 2018 porque o contrato da Libertadores ainda é o antigo válido com a Fox.
Para 2019, haverá um novo contrato de direitos já que a IMG assumiu a venda da televisão e da propaganda da competição. Os valores vão pelo menos dobrar com a garantia dada pela IMG. Assim, haveria dinheiro para remunerar os clubes, além de a Conmebol já ter propostas para sediar a final única, entre elas uma do Rio de Janeiro. Não há data para a decisão final do Comitê da confederação.
Outra questão que deve respeitar a lógica comercial é a das vagas brasileiras na Libertadores. O blog de Marcel Rizzo mostrou que há insatisfação entre outras confederações sul-americanas com o excesso de times do país, que pode ter nove representantes no caso de Grêmio e Flamengo ganharem os campeonatos do continente neste ano. Essas confederações pleiteariam que os brasileiros não tivessem vaga extra nos casos de títulos.
Só que a CBF não pretende aceitar nenhuma redução de vagas, segundo apurou o blog. Até porque sabe que a Conmebol precisa do Brasil como principal mercado para obter um dinheiro considerável na venda de direitos de televisão e comerciais. O processo deve se estender pelo primeiro semestre do próximo ano.
Dentro da confederação sul-americana, há uma consciência da importância do mercado brasileiro até porque o aumento de vagas foi recomendado por consultoria que trabalhava com a UEFA por motivos econômicos.
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