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Rodrigo Mattos

Fifa prioriza proibir contratação de clube caloteiro a tirar pontos

rodrigomattos

14/07/2019 04h00

Em seu novo código disciplinar, a Fifa deixou claro que sua prioridade na punição de clubes caloteiros é a proibição de contratação de jogadores, deixando para um segundo passo a retirada de pontos dos times. O novo documento foi publicado nesta semana pela entidade.

Desde o ano passado, a Fifa tem tomado medidas para tentar apertar o cerco sobre clubes que não quitem suas dívidas com transferências. Isso porque o processo dentro da entidade costumava ser lento com seguidos prazos para postergar o pagamento. Um exemplo é o Cruzeiro que tem uma dívida que completa quase cinco anos com clube ucraniano e ainda tem recursos para adiar sua quitação.

No ano passado, houve uma revisão do regulamento de status e transferências de jogadores da Fifa para tonar mais rápidas as punições já com decisões de primeiras instâncias dos comitês das entidades. Agora, no novo código disciplinar, a federação internacional foca nas penas de veto de transferências por considera-las mais efetivas.

"A Fifa vai impor o banimento de transferências para os clubes que não pagarem grandes quantias até que eles paguem todas as suas dívidas", diz um comunicado da Fifa.

No artigo 15 do novo código disciplinar, a entidade afirma que será aplicado o veto à contratação após o prazo final para pagamento expirar. Pelo texto, retirada de pontos e rebaixamento podem ser ordenadas juntamente com o veto às transferências se houver "falha persistente, ofensas repetidas ou graves infrações" cometidas pelo clube.

Essa política da Fifa já vem sendo colocada em prática nas decisões das câmaras da entidade. Por exemplo, um processo movido contra o Atlético-MG por falta de pagamento por Otero resultou em veto a contratações até o pagamento (o clube recorreu). Enquanto isso, processos mais antigos como os do Cruzeiro relacionado ao jogador Willian tiveram como decisão uma ordem para retirada de pontos.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.